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sábado

Produção “convencional” de electricidade em Portugal

Em Portugal, a maioria da electricidade é ainda produzida por
centrais térmicas, que recorrem a combustíveis fósseis, como o
carvão, o petróleo e o gás natural.
A Agência Internacional de Energia prevê que, mantendo os
níveis actuais de consumo, as reservas de petróleo se esgotem
dentro de 40 anos, de gás natural dentro de 60 anos e de
carvão dentro de 200 anos - e que a Europa terá de importar
70% da sua energia em 2030. Para além da previsível escassez
de combustíveis, como não existem no nosso país, a sua importação
constituí um encargo apreciável para a economia
nacional. Além disso, a sua queima nas centrais térmicas causa
significativa poluição atmosférica, libertando grandes quantidades
de gases de efeito de estufa, nomeadamente dióxido de
carbono.
Os diferentes tipos de centrais térmicas distinguem-se fundamentalmente
pelo tipo de combustível que utilizam.

No nosso país, podemos encontrar:
• Centrais a carvão, como as centrais do Pego e de Sines;
• Centrais a fuelóleo, como as centrais do Carregado, Barreiro
e Setúbal;
• Centrais a gás natural (de ciclo combinado) como as centrais
da Tapada do Outeiro e do Carregado.

Em Portugal, tem-se verificado nos últimos anos um aumento
da produção de electricidade a partir das energias renováveis,
em especial da energia eólica e, mais recentemente, da energia
solar (fotovoltaica).
No entanto, convém referir que a electricidade produzida
através de fontes renováveis não está isenta de impactes
ambientais. No caso das barragens, a sua construção afecta
a ecologia dos rios e promove a erosão das zonas costeiras
devido à redução da alimentação de areias. Relativamente aos
parques eólicos, estes podem causar poluição visual e afectação
de locais de interesse ecológico.
No caso da biomassa e dos resíduos (urbanos ou florestais),
como o processo de produção de electricidade implica
também uma queima, há que contabilizar emissões poluentes
e de dióxido de carbono. Apenas as centrais fotovoltaicas,
geotérmicas e maremotrizes estão, quando em produção,
quase isentas de impactes.
O investimento nas energias alternativas é essencial, não só
para a protecção do ambiente mas também para cumprir as
metas estipuladas nos acordos internacionais. No entanto,
é importante lembrar que a produção de electricidade a partir
das energias renováveis ainda não satisfaz as nossas actuais
necessidades energéticas. Por isso, é essencial continuar a apostar
na eficiência energética e na redução dos consumos de energia.