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terça-feira

A impressão sem tinta


Copiando fundamentos da natureza, novo método imprime mais rapidamente, com cores vivas e sem o uso de tintas.

Sunghoon Kwon, da Universidade Nacional de Seul, na Coreia do Sul, acaba de anunciar a descoberta de uma revolucionária técnica de impressão, mais rápida, com capacidade de copiar cores vivas da natureza e, o melhor de tudo, sem utilizar as tintas tradicionais. E ele conseguiu fazê-lo tomando como referência o que a natureza já faz há milhões de anos. A coloração da cauda de um pavão, por exemplo, é baseada na interacção da luz com o material biológico presente na superfície das penas: não há pigmentos.

Com um composto de nanopartículas magnéticas, um líquido de hidratação e resina, o cientista criou a chamada M-Ink. Quando um campo magnético é aplicado, as nanopartículas encaixam-se em formas de cadeias. A luz entra em contato com essas cadeias e o reflexo forma uma determinada cor.

Se houver uma mudança de intensidade no campo magnético, novas cadeias serão formadas e, por consequência, outra cor será visualizada. Uma vez na cor exacta e desejada, o local que receberá a impressão é banhado com luz ultra-violeta, que elimina a resina e fixa as nanopartículas.

Pode parecer complicado, mas saiba que todo o processo acontece muito rapidamente. Em apenas 1 décimo de segundo é possível definir o campo magnético de uma cor básica como o vermelho, ou o azul. Com essa velocidade, é possível imprimir uma folha inteira, em tamanho A-4, em apenas 1 segundo. De olho na preservação ambiental, Kwon e sua equipe também trabalham no processo inverso: criar um removedor que reverta a fixação das cores, tornando o papel novamente aproveitável.